sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A grande paródia - filme

















Título original: La grande vandrouille
Título em português: A grande paródia
País de origem: França, Reino Unido
Língua: Francês/Inglês
Escrito por: Gérard Oury
Actores: Louis de Funès, Bourvil, Claudio Brook, Andréa Parisy, Colette Brosset, Mike Marshall, Mary Marquet, Pierre Bertin, Benno Sterzenbach, Marie Dubois e Terry-Thomas.
Realização: Gérard Oury
Produção: Robert Dorfmann
Música: Georges Auric e Hector Berlioz
Data de estreia: 8 de Dezembro de 1966
Duração: 119 minutos
Estúdios: Les Films Corona e The Rank Organisation Film Productions Ltd.



Em 1942, um avião da Royal Air Force é abatido sobre uma Paris ocupada pelo exército nazi.Os três pilotos saltam em pára-quedas: Peter Cunningham (Claudio Brook) cai nos andaimes de Augustin Bouvet (Bourvil), um pintor da construção civil que está a trabalhar na fachada do comando alemão, Alan Macintosh (Mike Marshall) aterra no telhado da Ópera, durante o ensaio da orquestra, dirigida por Stanislas LeFort (Louis de Funès), e Sir Reginald (Terry-Thomas) mergulha no tanque das focas, no Jardim Zoológico de Vincennes. Enquanto a polícia alemã se lança à sua procura, Stanislas e Augustin ocupam-se dos ingleses, lançando-se nas mais extraordinárias aventuras, para os conduzirem para a zona livre.



Este filme é muito bom, para mim uma das melhores comédias francesas de sempre, com uma das suas mais conhecidas duplas: Louis de Funès e Bourvil. O filme foi editado em DVD em Portugal em 2004 na caixa «Louis de Funès - volume 1», com mais outros 5 filmes protagonizados pelo actor. Um óptimo filme para quem gosta de uma boa comédia.


O trailer do filme pode ser visto aqui

sábado, 14 de novembro de 2009

Zip Zip

Título original: Zip Zip
País de origem: Portugal
Número de temporadas: 1
Número de episódios: 32
Escrito por: Raul Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz
Actores: Raul Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz
Realização: Luís Andrade
Produção: Raul Solnado, Fialho Gouveia, Carlos Cruz e Baptista Rosa
Direcção musical: Thilo Krassman
Data de estreia: 24 de Maio de 1969
Data de fim: 29 de Dezembro de 1969
Tempo de duração: 2 horas
Anos que esteve no ar: 1

Estávamos em Maio de 1969. O Homem ainda não tinha chegado à Lua. Salazar já não estava na cadeira do poder, assumindo-a agora Marcello Caetano. A Censura apertava o cerco à liberdade da televisão. Ramiro Valadão era o novo homem forte a conduzir os destinos da RTP, um braço aliado do poder. Mas apesar da estagnação que se vivia em Portugal, Raúl Solnado, Carlos Cruz e Fialho Gouveia propunham a realização de um programa diário, "de estúdio aberto, porta aberta". Ramiro Valadão foi peremptório, "Era complicado... mas porque não fazer semanalmente?" - Daí a um mês nascia o Zip-Zip.

Raúl Solnado, Carlos Cruz, Fialho Gouveia, juntamente com Baptista Rosa, estiveram na génese da criação de um programa que iria revolucionar o panorama português não só televisivo como social.Como os próprios "mentores" do programa o afirmaram, um ano antes o "Zip" não teria sido possível. Mas agora estava-se em plena Primavera Marcelista, e a amplitude de movimentos sempre era um pouco maior. O país, esse, respondeu com entusiasmo a um programa que revolucionou as noites da televisão, o futuro de muitos programas que viriam a ser feitos, a consciência e as atitudes do público e mesmo a relação com os Censores. Alguns tabus caíam, e do primeiro ao último minuto do programa viviam-se tanto alegrias como tristezas.


O Zip Zip foi um dos programas mais influentes de sempre da televisão portuguesa, e foi o primeiro programa do género talk-show.
Contam-se várias histórias acerca deste programa, sendo esta uma delas: o cinema à segunda-feira é mais barato porque naquela altura o zip zip era emitido à segunda-feira, e como o país parava para ver o zip zip, os cinemas decidiram vender à segunda-feira os bilhetes mais baratos... e a moda ficou. Outra história (que o próprio Raul Solnado contou), foi que um dia foi lá ao teatro Villaret um homem da companhia das águas dizia que à noite havia uma quantidade de descargas de água das sanitas inimaginável! E o homem foi lá contou que era no intervalo do programa, que as pessoas iam fazer as suas... necessidades!

Além de ter três apresentadores de peso, o programa mudou ideias, costumes e hábitos nos portugueses. É considerado o melhor e mais conhecido programa de televisão de Portugal de sempre, mesmo que, na lista dos 50 melhores programas de sempre das Produções fictícias, tenha ficado em 12.º lugar.
O Zip-Zip se tornou rapidamente num fenómeno de popularidade e que ficou para sempre gravado na memória dos portugueses.
A mascote do Zip Zip (que era o zip), oferecido aos convidados do programa, tornou-se depois um sucesso de vendas no grande público!
O programa pode ter só durado 32 semanas, mas na altura era muito bom que um programa durasse tanto tempo!
E as personagens? Raul Solnado criou personagens que ficaram na memória de todos, como o ladrão Alfredo, que tinha roubado uma carteira à escola «porque tinha de fazer os trabalhos de casa sentado», ou o alemão Fritz, que se chamava assim porque «o meu pai inventou as batatas frrrrritz», e o inglês John Silva com o seu «mallon», ou malhão.
Vídeos

Genérico do programa

Este Genérico é uma peça única, pois foi utilizado apenas no 1º programa, já que o Major Baptista Rosa, sem cuja " influência" talvez o Zip não pudesse ter existido naquela altura, abandonou a Equipa de Produção logo após o 1º programa, incompatibilizado com os restantes membros da Equipa.
Sem som.



Sketchs do programa

Ludgero Clodoaldo
O famoso baladeiro interpretado por Raul Solnado.


Ou tudo ou nada


Versões sonoras de 4 sketches, gravadas dos programas originais e que foram lançados no disco «Solnado no Zip»

O ladrão Alfredo


Fritz


O espião do Celtic


O homem da Bandeira


Para saberem mais:












Livro «Raul Solnado - a vida não se perdeu» de Leonor Xavier